Hoje em dia o conceito foi banalizado. O Futebol Paraense decaiu, a qualidade, claramente, foi pelo mesmo caminho e o "ser ídolo" foi junto na queda. Vemos as torcidas de Remo e Paysandu darem esse status para jogadores que sequer ganharam algum título pelo clube. Fazendo Vandicks, Robgols, Alcinos e Belterras pensarem "eu que fiz tanto, hoje sou o mesmo que qualquer um..."
Fala-se qualquer um, pois hoje basta postar em redes sociais frases "demonstrando amor" pelo clube ou "zoando" o rival. Basta "agir como torcedor", que mesmo quando for exigido em campo e não consiga fazer absolutamente nada do que se espera, o torcedor permanece tendo carinho por ele. Porque hoje em dia um "ele se esforça" já vale mais do que um "ele esteve ali e fez o que queríamos quando precisamos".
A carência do torcedor faz com que ele veja ídolo onde não há. A saudade de Sandros e Iarleys, Arturs e Mesquitas, que deveria deixar os torcedores mais exigentes, os deixa propensos a achar que não haverão jogadores que chegarão a este nível.
O próprio torcedor se rebaixa e aceita um "menos pior" ao invés de querer um "melhor". O próprio diz que aquele que aquele não serviu num time que ele acha "maior", vai servir aqui. Porque hoje, ele se acostumou a se contentar com pouco.
Que busquemos mais Edils, mais Dicos, Biro-Biros Vandersons e Ginos. Que só aceitem como ídolo aqueles que se equiparem aos que já foram um dia, que saibam honrar os nossos grandes e não dêem status iguais para os pequenos.
E principalmente, que o nosso conceito de ídolo suba tão rápido quanto o nosso Futebol Paraense. Essa é a esperança que nos carrega.
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