A visão feminina do mundo da bola no Pará.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A mulher e o futebol

Setor Alvinegro - Ceará (Foto: Divulgação)

Vamos começar com aquela frase clichê "lugar de mulher é onde ela quiser." Talvez fosse, talvez seja, realmente é.
O mundo mudou, cada vez mais vemos as mulheres se inserindo em lugares que antes eram considerados masculinos. No universo futebolístico, o número de mulheres tem crescido bastante. Seja jogando, assistindo, comentando ou torcendo. Mas infelizmente, parece que ainda vai demorar muito para que nós sejamos realmente “aceitas”. Parece que ainda vai demorar muito para uma mulher falar de futebol sem ter que ouvir piadinhas ou passar por um questionário. Eu amo de futebol e eu assisto a todos os jogos do meu time. Sei o que é impedimento e sei quem são titulares no meu time. Não, eu não sou raridade. E isso não é um milagre. Para ser sincera, existem centenas iguais a mim. Mulher no futebol é tão comum quanto esse seu preconceito.

O futebol já quebrou vários paradigmas com o passar dos anos. No começo, além de ser específico aos homens, era específico também para a “raça branca”. Hoje mesmo com as mudanças, ainda temos de lidar com o preconceito existente tanto com os negros, como com as mulheres.
Hoje, a famosa dupla RexPa, não conta com um time de futebol feminino. E não que não haja procura ou qualidade, pois existem times femininos pelo estado, times que não ganham valorização e tem de lutar muito para seguir seu sonho. Vemos bandeirinhas (homens) cometendo erros e sendo xingados e vemos bandeirinhas (mulheres) errando e tendo de fazer “reciclagem”. Além de todos esses problemas, ainda há fornecedora de clube que não faz camisa modelo feminino, outras que quando fazem, há uma enorme demora para repôr o material.
O século XXI chegou e chegaram também mulheres dispostas a lutar e quebrar mais paradigmas. Hoje podemos jogar, podemos torcer, podemos fazer tudo. Mas “poder” não é o suficiente. Queremos participar, cantar, vibrar, chorar, torcer. Queremos reclamar, discutir sobre o esporte, queremos mostrar a que viemos. Queremos mostrar que sim, nós "entendemos o futebol", pelo menos dentro das 4 linhas. Afinal, o futebol é amor e amor não se entende, se sente.
O nosso desejo é ser respeitada, é deixar um legado, é fazer todo mundo entender que o futebol é o universal. É para homem, para mulher, é para todos. A arquibancada é para gente, o campo é para a gente, o jornalismo esportivo também é para a gente.
Porque lugar de mulher é onde ela quiser!
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2 comentários:

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