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quarta-feira, 30 de março de 2016

Copa Verde: verde de esperança por uma melhor organização.

A Copa Verde foi criada em 2014 com o intuito de trazer mais visibilidade para alguns times do Norte, Centro-Oeste e o Espírito Santo (que entrou pois fazia parte da extinta Copa Centro-Oeste). Com o objetivo de valorizar o futebol dessas regiões, o vencedor da competição ganha uma vaga na Copa Sulamericana do ano seguinte. Uma ideia ótima e plausível. Mas na prática o que temos visto é algo bem diferente.

Não que não haja a integração dos Clubes ou que a vaga para a Copa Sul Americana seja balela, o caso da "Green Cup" é sua organização, ou melhor, falta dela. Desde 2014 em sua criação, polêmicas ocorrem devido a falta de atenção dos organizadores. Na final de 2014 entre Paysandu e Brasiliense, houve um julgamento que se desenrolou meses à fio no STJD, por conta de irregularidades no time de Brasília.

Mas esse esse ano a (des)organização da Copa está bem pior. A lista é extensa e varia entre jogadores irregulares, falta de estrutura dos estádios que recebem os jogos, alguns casos de suspensões de partidas e retirada de alguns times do campeonato.

Os exemplos de irregularidades são mais diversos. Dois times do Amazonas passaram por esta situação, mas de formas opostas: o Fast Club voltou a competição após o Águia ser denunciado por escalar um jogador irregular. Já o caso do Nacional/AM é um pouquinho diferente, o Santos-AP afirma que o clube se utilizou de meios ilícitos para a contratação de Tressor Moreno. Todas essas situações causaram desconforto na justiça que chegou a adiar os jogos entre Fast x Paysandu e quase suspendeu Nacional x Remo.

Além desses problemas na justiça, temos também estádios em péssimas condições recebendo os jogos. Na primeira fase, o Náutico-RR até tentou jogar em outro estado, mas como a CBF não permitiu, os clubes tiveram que se enfrentar naquele verdadeiro "pasto". A velha musiquinha diria bem como foram as condições: "era uma casa muito engraçada, não tinha teto não tinha nada". O campo era deplorável, as condições de fazer uma boa partida naquele gramado eram mínimas.

Outro problema parece ser dinheiro, na partida de volta entre Remo x Náutico-RR, os jogadores do time alvirrubro ficaram instalados no Baenão, casa do Clube do Remo até a hora de voltarem para Roraima, pois não tinham condições de manter-se no hotel.

Talvez seja certo afirmar que por ser nova, a Copa Verde ainda passará por melhoras e reformulações, o intuito principal é bom mas como todo recém nascido, está engatinhando. Sem falar no medo de que a competição acabe se extinguindo. O que esperamos é que o verde seja mesmo de esperança, esperança de que nos anos que virão haja uma melhor organização e que como os times do campeonato, tenha o valor que merece.

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